Paz na Ucrânia: Rússia faz contrapoposta ousada para encerrar o conflito

[Paz na Ucrânia: Rússia faz contrapoposta ousada para encerrar o conflito]

O presidente russo, Vladimir Putin, propôs neste domingo (noite de sábado, 10, no Brasil) iniciar conversações diretas com a Ucrânia em Istambul no dia 15 de maio, horas após Kiev e seus aliados europeus terem solicitado o início na segunda-feira de um cessar-fogo incondicional de 30 dias.

"Estamos determinados a realizar negociações sérias (...) para eliminar as raízes do conflito", disse Putin de madrugada no Kremlin.

"Não excluímos que durante estas conversas possamos ser capazes de acordar algum novo tipo de cessar-fogo", acrescentou, sem responder diretamente à proposta europeia.

Proposta europeia

Os aliados europeus da Ucrânia, juntamente com os Estados Unidos, deram um ultimato à Rússia, neste sábado (10), para que aceite um cessar-fogo "completo e incondicional" de 30 dias a partir da segunda-feira ou se exponha a novas "sanções massivas".

O ultimato a Moscou foi feito durante uma visita a Kiev de líderes de Alemanha, França, Polônia e Reino Unido, que afirmaram contar com o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A Ucrânia já tinha proposto um cessar-fogo de 30 dias várias vezes nas últimas semanas, mas a Rússia o rejeitou sistematicamente, mencionando que antes devem ser atendidas as exigências russas, em particular o fim dos envios de armas ocidentais a Kiev.

A Rússia respondeu afirmando que "vai refletir" sobre a proposta de trégua, mas que é "inútil" pressionar Moscou, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à rede CNN, segundo veículos de imprensa russos.

Cerca de 20 membros da chamada "coalizão de voluntários", aliados da Ucrânia, "decidiram apoiar um cessar-fogo" de 30 dias, informou o presidente francês, Emmanuel Macron.

Macron afirmou que os Estados Unidos vão supervisionar o respeito à trégua e "todos os europeus vão contribuir".

Se a Rússia rejeitar este cessar-fogo ou aceitá-lo, mas violá-lo, "acordamos que seriam preparadas sanções coordenadas entre europeus e americanos", acrescentou, durante uma coletiva de imprensa nos jardins do palácio presidencial ucraniano com os líderes de Ucrânia, Alemanha, Polônia e Reino Unido.

"A posição que alcançamos hoje é de absoluta unidade entre toda uma série de países de todo o mundo, incluídos os Estados Unidos", afirmou o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

O chefe de governo alemão, Friedrich Mertz, prometeu que a "ajuda massiva" à Ucrânia vai continuar na falta de uma reação do Kremlin.

"Esta guerra não ameaça apenas a integridade da Ucrânia. Esta guerra pretende destruir toda a ordem política europeia. Por isso, estamos do lado da Ucrânia", reforçou o novo chefe de Governo alemão.

© Agência France Presse

Fonte: https://revistaforum.com.br

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