Dos remédios nascem os males...
"No Brasil de hoje, os cidadãos têm medo do futuro. Os maus políticos têm medo do passado."
Em Politica há pessoas tão inábeis que suas ausências preenchem lacunas...
Liderada por Donald Trump, a guerra tarifária entrou em uma nova fase, na última semana, após o anúncio de novas tarifas, seguido pelo adiamento da entrada em vigor. O presidente norte-americano determinou que as novas tarifas comecem a valer na primeira semana de agosto, com percentuais reajustados para diversos países. Em meio a negociações e pressões, alguns governos conseguiram aliviar as sanções, enquanto outros viram a situação piorar. O Brasil lidera a lista dos mais afetados, com uma tarifa de 50%.
Apesar da retórica agressiva, os recuos frequentes entre o anúncio e a efetivação das medidas de Trump ficaram escancarados. A demora na aplicação prática das tarifas ficou marcada por mudanças de última hora, concessões pontuais ou acordos bilaterais emergenciais.
Mas até onde vai a retórica do republicano quando se trata de realmente colocar em prática sua “palavra preferida”? Desde o dia 2 de abril, quando Trump anunciou a rodada de tarifas, os números não pararam de oscilar.
O Brasil é, até agora, o líder desta nova rodada tarifária. No dia 9 de julho, Trump enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) justificando a medida com alegações comerciais e políticas. Em 30 de julho Trump assinou o decreto formalizando a taxa, com prazo de sete dias para vigência.
A exceção ficou para produtos considerados essenciais, como suco de laranja, aviões e petróleo, que foram poupados após forte lobby do setor privado dos EUA.
Ao Metrópoles, o especialista em tributação internacional Angelo Paschoini explica que a defasagem entre o anúncio e a efetivação tem fundamentos técnicos, mas também é usada como instrumento de barganha. “Anunciar uma tarifa é diferente de aplicá-la. Há trâmites, decretos, comunicação oficial. Isso abre espaço para negociações”, diz ele.
Segundo Paschoini, enquanto outros países correram para selar acordos com Washington antes da entrada em vigor das tarifas — como Japão, Coreia do Sul, China e Vietnã —, o Brasil não obteve sucesso nas tratativas.
A teoria de que Trump frequentemente recua após ameaças, parece ter se consolidado como parte da estratégia do republicano. Ele acena com o caos para forçar negociações, e depois cede parcialmente, garantindo ganhos políticos internos.
Nos últimos dias, Trump assinou alguns acordos comerciais reduzindo ou flexibilizando tarifas, e mantendo acesso ao mercado americano. Em contrapartida, os países ofereceram investimentos bilionários e promessas de compras estratégicas.
União Europeia e Japão
O acordo mais simbólico até agora foi firmado com a União Europeia nos minutos finais de julho. Os EUA aplicaram tarifas médias de 15% sobre a maioria dos produtos europeus, um alívio frente aos 30% inicialmente anunciados por Trump.
Em contrapartida, a UE se comprometeu a zerar tarifas para produtos estadunidenses considerados estratégicos. Além da abertura comercial, o bloco europeu deve realizar investimentos diretos nos EUA estimados em US$ 600 bilhões, incluindo compras de equipamentos militares.
Com o Japão, o governo de Trump fechou um acordo semelhante na última semana. As tarifas aplicadas pelos EUA ficaram em 15%. Tóquio, por sua vez, abriu o mercado interno para carros, arroz e aviões americanos.
Entre os compromissos assumidos pelo governo japonês estão a compra de aeronaves e o aumento nos gastos com defesa via empresas americanas, que passarão de US$ 14 bilhões para US$ 17 bilhões anuais.
Indonésia, Filipinas e Vietnã
O pacote de acordos inclui também países do sudeste asiático. Trump fechou com a Indonésia a aplicação de tarifas de 19%, valor inferior aos 32% inicialmente anunciados. Em contrapartida, Jacarta se comprometeu a eliminar cerca de 99% das barreiras tarifárias para produtos industriais, agrícolas e alimentícios dos norte-americanos.
No caso das Filipinas, Trump seguiu caminho semelhante. O país aceitou tarifas de 19% para seus produtos exportados aos EUA, mas ofereceu tarifa zero para a entrada de mercadorias americanas.
Outro parceiro que cedeu às exigências americanas foi o Vietnã. O acordo definiu tarifas de exportação de 20% para produtos vietnamitas. O país asiático aceitou zerar tarifas para uma série de produtos dos EUA.
Grande acordo com Reino Unido
O primeiro acordo selado pelos EUA na atual guerra tarifária foi com o Reino Unido, em 8 de maio.
Londres aceitou um aumento de 10% nas tarifas de exportação para os EUA, sem aplicar retaliações. O país também assumiu compromissos comerciais e de investimentos.
China e Brasil
A China, principal rival dos EUA na guerra tarifária, foi alvo das tarifas mais duras — que chegaram a 145% em maio.
Após meses de retaliações cruzadas, os dois países fecharam um acordo temporário: Washington reduziu as tarifas para 30%, e Pequim recuou de 125% para 10%. O período de trégua pode ser prorrogado por até 90 dias, segundo a Casa Branca.
Entre os 23 países atingidos por novas tarifas, o Brasil foi o que sofreu a maior alíquota. As tarifas gerais subiram de 10% para até 50% para rivais e aliados, especialmente em setores como aço, alumínio e automóveis.
Veja a tabela dos países taxados:
Outro parceiro que cedeu às exigências americanas foi o Vietnã. O acordo definiu tarifas de exportação de 20% para produtos vietnamitas. O país asiático aceitou zerar tarifas para uma série de produtos dos EUA.
Grande acordo com Reino Unido
O primeiro acordo selado pelos EUA na atual guerra tarifária foi com o Reino Unido, em 8 de maio.
Londres aceitou um aumento de 10% nas tarifas de exportação para os EUA, sem aplicar retaliações. O país também assumiu compromissos comerciais e de investimentos.
China e Brasil
A China, principal rival dos EUA na guerra tarifária, foi alvo das tarifas mais duras — que chegaram a 145% em maio.
Após meses de retaliações cruzadas, os dois países fecharam um acordo temporário: Washington reduziu as tarifas para 30%, e Pequim recuou de 125% para 10%. O período de trégua pode ser prorrogado por até 90 dias, segundo a Casa Branca.
Entre os 23 países atingidos por novas tarifas, o Brasil foi o que sofreu a maior alíquota. As tarifas gerais subiram de 10% para até 50% para rivais e aliados, especialmente em setores como aço, alumínio e automóveis.
Veja a tabela dos países taxados:
Ao que tudo indica, as tarifas e recuos não se explicam apenas por motivações econômicas. Há um pano de fundo político, sobretudo na relação com o Brasil.
Paschoini afirma haver indícios de que Trump pressiona por uma anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, e que isso pode estar atrelado à postura inflexível nas negociações.
“Há interesses geopolíticos e pessoais em jogo. Comercialmente, as tarifas são um tiro no pé. Nenhum país sai ganhando.”
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