Dos remédios nascem os males...
"No Brasil de hoje, os cidadãos têm medo do futuro. Os maus políticos têm medo do passado."
Em Politica há pessoas tão inábeis que suas ausências preenchem lacunas...
O racismo no futebol será tema central de um seminário nacional que acontece na próxima sexta-feira (22), no auditório do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), em Salvador. O evento, promovido pelo TJ-BA em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pretende ampliar o debate institucional sobre a discriminação nos estádios e propor caminhos para o seu enfrentamento.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo sistema SIEC da Unicorp-TJBA. Além das 100 vagas presenciais, a programação será transmitida ao vivo pelo canal do TJBA no YouTube, com direito a certificado de participação.
Um dos destaques da programação é o ex-goleiro Aranha, vítima de um dos episódios de racismo mais marcantes do futebol brasileiro. Em 2014, quando defendia o Santos, ele foi alvo de insultos racistas durante uma partida contra o Grêmio, em Porto Alegre. O caso repercutiu nacionalmente e resultou na eliminação do clube gaúcho da Copa do Brasil.
Também confirmaram presença o presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Luís Otávio Teixeira; o conselheiro do CNJ e ministro do TST (ribunal Superior do Trabalho), Caputo Bastos, coordenador do grupo “Paz nas Arenas”; o presidente do Bahia, Émerson Ferreti; o ex-presidente do clube, Guilherme Bellintani; o presidente do Conselho Deliberativo do Vitória, Nilton Almeida; a ex-zagueira multicampeã Viola e a árbitra da FIFA Daniella Coutinho Pinto.
A programação está dividida em quatro painéis temáticos: Sistema Judicial no Enfrentamento ao Racismo; A Justiça Desportiva no Combate à Discriminação; Sociedade Civil, Clubes e Árbitros no Enfrentamento ao Racismo; e Vítimas de Discriminação, Combate à Homofobia e Justiça Restaurativa.
Segundo o desembargador Lidivaldo Reaiche, presidente da Comissão Permanente de Igualdade do TJ-BA, o encontro vai além da troca de experiências. “Preparamos um evento significativo, com dirigentes esportivos, magistrados, jogadores discriminados e árbitros. Queremos colher propostas e projetos inovadores para enfrentar a discriminação nas praças esportivas”, afirmou.
Os números reforçam a necessidade do debate. De acordo com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, foram registrados 364 casos entre 2014 e 2023. As regiões Sul e Sudeste concentram 68% dos episódios, mas o Nordeste responde por 16% das ocorrências.
A escolha de Salvador como sede do seminário também tem simbolismo. A capital baiana é a cidade com a maior população negra fora da África: mais de 80% dos moradores se declaram pretos ou pardos, segundo o IBGE. Com esse pano de fundo, o seminário pretende ligar o campo e a Justiça, reforçando que o combate ao racismo nos estádios depende de punição, prevenção e acolhimento.
Foto: Divulgação/Reprodução
Fonte: https://www.trbn.com.br
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