Dos remédios nascem os males...
"No Brasil de hoje, os cidadãos têm medo do futuro. Os maus políticos têm medo do passado."
Em Politica há pessoas tão inábeis que suas ausências preenchem lacunas...
O deputado Cabo Bebeto (PL) pediu a palavra no início da sessão ordinária desta terça-feira para iniciar uma discussão e se mostrar contrário aos projetos, em todo o Brasil, que legislam sobre o uso de câmeras corporais nos agentes da Polícia Militar durante o exercício de seu trabalho. "Vi uma matéria dizendo que a Polícia Militar de Alagoas estava realizando cursos para preparar policiais militares para trabalharem com o uso das câmeras corporais. E já falei para alguns de vocês aqui: eu sou totalmente contra", afirmou o parlamentar, acreditando que a medida cercearia a ação dos agentes de segurança.
"O único funcionário público que usaria uma câmera para monitorar seu serviço é o policial militar. Que mensagem a gente passa? Por que só o policial? Sendo ele um agente público que recebe seu salário vindo dos cofres públicos, então nós, deputados, também deveríamos usar câmeras corporais, assim como médicos ou auditores fiscais", ilustrou Cabo Bebeto.
O deputado questionou se a sociedade já estaria pronta para a aplicação dessa medida. "Será que, com isso, a gente não vai acabar com o bom senso do policial? Será que o cidadão vai se aproximar do policial com a câmera para fazer uma denúncia? A gente vai fazer com que o policial trabalhe com ainda mais receio", justificou o deputado, acreditando que os PMs serão vítimas no futuro próximo e que isso provocaria um aumento nos índices de violência.
Em aparte, o deputado Francisco Tenório (PP), que tem um projeto na Casa Tavares Bastos para a aplicação de câmeras de monitoramento corporal nas ações da Polícia Militar, discordou frontalmente do pronunciamento do colega. "Essa história de que só o policial vai usar a câmera não tem relevância: não há problema nenhum em que todo servidor use câmeras. Mas o que choca é a defesa da predeterminação da prática de atos ilegais no exercício da atividade policial, sem que sejam filmados pelas câmeras", iniciou Tenório.
"Serviços ilegais na rua, chutar presos detidos: é exatamente contra esses tipos de abuso que a proposta do uso de câmeras se coloca", defendeu Francisco Tenório, afirmando que vetar as câmeras protege o mau policial, aquele que age fora da lei. O parlamentar concluiu dizendo que o policial correto não deveria ter medo de usar a câmera e que ela será mais uma ferramenta para provar que ele está certo.
Fonte: https://tribunahoje.com
Foto: Ascom ALE
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