Dos remédios nascem os males...
"No Brasil de hoje, os cidadãos têm medo do futuro. Os maus políticos têm medo do passado."
Em Politica há pessoas tão inábeis que suas ausências preenchem lacunas...
Correndo atrás dos líderes das pesquisas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o candidato ao governo da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), compartilham uma estratégia em comum: usam outras figuras públicas para tentar capitalizar votos, para fazer frente a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso da corrida presidencial e ACM Neto (União) na briga pela cadeira de governador baiano. A figuração de Bolsonaro e Jerônimo, em segundo plano nas próprias campanhas, foi objeto de questionamento dos adversários e terá que ser repensada.
No caso baiano, a decisão judicial saiu mais cedo. Nela, ficou determinado que a campanha precisa ultrapassar o mínimo desejável para o candidato na propaganda eleitoral, que vinha sendo ocupada por Lula e por aliados, especialmente Jaques Wagner e Rui Costa, tidos como bons eleitores. Rui, inclusive, demorou a aparecer na pré-campanha e adiou um pouco a aparição como apoiador de Jerônimo e tem tentado pautar a imprensa basicamente pelas redes sociais. Por mais que seja imprescindível tornar o candidato do PT conhecido ao mesmo tempo em que o associa com imagens fortes do partido, é necessário torná-lo protagonista, algo que até mesma esta coluna já tratou.
Segundo informações que circulam nos bastidores, há um esforço para unificar o discurso e evitar que Jerônimo tenha que dividir os holofotes com esses nomes, na mesma proporção em que se tenta impedir que ele seja engolido pelo modus operandi de um candidato a vice com muito traquejo na cena política, como é o caso de Geraldo Jr. (MDB). Porém, na campanha de rádio e televisão, existem limites pré-estabelecidos pela legislação e isso acaba afetando a estratégia. Resta saber como esse grupo político vai lidar com essas decisões e com as próprias correções de rota ao longo da campanha - algo natural e até esperado.
No plano federal, Bolsonaro foi atingido por um pedido de Simone Tebet (MDB) para que a primeira-dama, Michele Bolsonaro, não seja a protagonista do enredo de campanha do candidato à reeleição. Como o presidente tem dificuldade com o eleitorado feminino, conforme exposto nas pesquisas realizadas até aqui, colocar a primeira-dama nos holofotes é uma tentativa de dissociá-lo do passado misógino e machista. A intenção foi questionada por Tebet e a Justiça Eleitoral concedeu a suspensão da propaganda - e aí a emedebista teve que lidar com a enxurrada de críticas por, na avaliação dos bolsonaristas, provocar o “eclipse” de Michele.
Enquanto isso, Lula e ACM Neto não recorrem a “muletas” como esses adversários. O petista, no máximo, tenta capitalizar o próprio vice, Geraldo Alckmin (PSB), para o discurso da construção de uma grande união nacional. O ex-prefeito de Salvador segue no esforço para não nacionalizar a disputa e mantém citações esparsas ao ex-senador ACM, como é possível ver até no jingle principal. Até aqui, ambos passaram bem sem a necessidade de dividir holofotes com aliados.
Foto: Montagem/ Bahia Notícias
Fonte: https://www.bahianoticias.com.br
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